Baby Driver e o poder da música!
- Pedro Psicologias
- May 28, 2024
- 2 min read
Olá Parafusos e Parafusas,
sejam bem vindos de volta! Espero que tenham aproveitado as vossas viagens de finalistas (e que não tenham roubado gelados), porque agora temos muito conteúdo preparado para vocês! Hoje, decidirmos trazer-vos a nossa “review” sobre o filme “Baby Driver”, que está disponível no Netflix.
Essencialmente, este filme, dirigido por Edgar Wright, mergulha em um mundo de ritmo e música, onde a mente de Baby, um rapaz extremamente habilidoso a conduzir, desempenha um papel central na narrativa. Esta emocionante obra cinematográfica, que se baseia no início da vida criminosa do protagonista, que é o perfeito condutor de fuga de um gangue em ascensão, oferece insights fascinantes sobre a psicologia por trás do comportamento humano, especialmente no que diz respeito à música e à perceção do tempo.
Neste enredo, a personagem principal sofre de Tinnitus, um zumbido incessante nos ouvidos que surgiu após um acidente de carro, onde os seus pais morreram. Desde então, Baby recorre à música para lidar com o zumbido, usando-a como uma espécie de terapia. Desta forma, essa conexão profunda entre o protagonista e trilha sonora que sempre o acompanha revela uma poderosa manifestação da psicologia da música como um “coping mechanism” que não só o ajuda a lidar com o ruído, mas também com o seu trauma de infância.
Neste filme, o efeito da música é explorado como sendo algo positivo e, simultaneamente, negativo.
De facto, Baby ouve constantemente música para se abstrair do zumbido causado pela sua doença, sendo assim uma forma de alívio e de lidar com a condição. Durante as fugas e perseguições, Baby usa a música para alcançar um estado de fluidez em que apenas ele, o carro e a estrada existem. As músicas escolhidas por Baby servem como uma espécie de trilha sonora pessoal que maximiza sua eficiência e eficácia como motorista de fuga.
Por outro lado, ao usar constantemente os fones para se abstrair da música, Baby acaba por se isolar do mundo ao seu redor. Isso pode dificultar a comunicação com outras pessoas e criar uma barreira entre ele e aqueles que se tentam conectar com ele, como a sua família adotiva ou os seus colegas criminosos. Esse isolamento pode fazer com que ele pareça distante e desinteressado, afetando as suas relações interpessoais. Além disso, a constante necessidade de ter música a tocar pode dificultar a Baby no que toca a descontrair. Ele pode ter dificuldade em lidar com o silêncio e a introspeção, tornando-se dependente da música para qualquer forma de conforto ou foco. Isso pode afetar sua capacidade de enfrentar e processar emoções e pensamentos difíceis.
Assim, é possível concluir que para a personagem principal a música tem um papel central na sua vida, moldando a sua personalidade, ajudando na condução e a abstrair-se do zumbido causado pela doença. Contudo, o excessivo uso dos fones de ouvido com música a dar podem fazer com Baby se abstraia demais do mundo exterior, isolando-se dos outros e, faz com que tenha cada vez mais dificuldade em desligar-se da música, pois cada vez que o faz tem de lidar cpm todos os aspetos negativos da sua vida.
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